Uns
acomodados, observando as mulheres serem também protagonistas e os gays num
importante movimento de liberação.
Outros
inseguros, se perguntando o que as mulheres esperam deles e receosos de adotarem
posições firmes em seus relacionamentos.
Uns curtindo
os prazeres da vida e se deliciando com as mulheres “fáceis” que “ficam” e transam sem compromisso. Pior,
esperando que lá na frente da vida uma mulher ideal apareça no meio dessa torre
de babel.
Outros
vivendo relacionamentos viciados sem amor e mendigando fora de casa lampejos de
paixão e sexo. Ou atrás compulsivamente de sucesso profissional vivendo como workaholic.
Uns se
achando resolvidos em suas posturas tradicionais masculinas mas sem se aperceberem
de suas vidas superficiais e vazias.
Outros
-- poucos, mas cujo número cada vez
aumenta mais -- trilhando variados caminhos
do autoconhecimento para avançar em suas curas psíquicas e se conectar
espiritualmente. Querem viver com plenitude e amadurecer, finalmente!
Mas, em sua
grande maioria e independentemente da idade, os homens continuam com
pouquíssimo acesso às próprias emoções e atuando como num teatro para disfarçar
o seu arsenal de medos milenares, alguns percebidos e a maioria escondida no
plano inconsciente.
Walter Riso,
escritor e psicólogo italiano radicado na Colômbia, registrou o seguinte em seu
livro O que toda mulher deve saber sobre
os homens : “Embora as fragilidades psicológicas masculinas possam encher
vários tomos de uma enciclopédia, aqui só apontarei três medos básicos,
geralmente encobertos pelo ego, comuns a quase todas as culturas, altamente
daninhos e mortificantes para aqueles homens que ainda insistem em ser duros,
intrépidos e ousados. São eles : o medo do fracasso, o medo de estar
afetivamente sozinho e o medo de sentir medo.”
Muito já se
falou e escreveu a respeito do trato superficial que o homem dá às suas
emoções, bem como sobre as suas fragilidades inconscientes. Reconhecer esses
medos citados por Walter Riso já é um progresso importante.
O que quero
destacar aqui, porém, é a imperiosa
necessidade de os homens fazerem um mergulho interior – seja por um trabalho
sistematizado de terapia e autoconhecimento, seja pela meditação ou mesmo pela
aprendizagem forçada ao sobreviverem a abismos psicológicos trazidos por traumas
de doença ou morte -- para entenderem as
suas fragilidades, as transformarem e reforçarem os atributos masculinos que receberam do
Universo, como força, coragem, objetividade e segurança, todos princípios
ativos.
Claro, sem atitudes
machistas nem o inviável – praticamente impossível -- resgate do passado de dominação sobre as mulheres.
Como novos homens
em construção, que acessam de forma saudável mas sem afetação também o seu lado
feminino da amorosidade, da intuição e da receptividade.
Dessa forma, não ficaremos mais silenciosos como estamos!
Nos
posicionaremos com as mulheres fazendo-as ver também os excessos que andam
cometendo, assumindo papéis muitas vezes masculinizados, incorporando posturas
agressivas e despejando sobre nós homens uma raiva incontida pela milenar
submissão a que foram submetidas.
Em algum
momento, estaremos aptos a construir com as mulheres relacionamentos
equilibrados e verdadeiros. Ou mesmo ficando sós, mas inteiros.
Em sentido mais amplo, integrando as forças
masculinas e femininas, independentemente dos gêneros socialmente assumidos.
As mulheres,
por sua vez, precisam também saber o que querem de nós. Essa questão específica,
relativa ao que as mulheres procuram nos homens, vou tentar desenvolver num
próximo Post, sem a menor pretensão de abarcar esse assunto tão árido (apenas
uma opinião de um homem, nascido em “Marte”...).
Abraços
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(*) O silêncio do macho é um título que
tomei emprestado de um belo artigo escrito por Eliana Brum, que tem uma coluna
semanal na revista Época.
É Arnaldo,
ResponderExcluiracho que, realmente, nós homens estamos nos tornando, cada vez mais, mineiros ...trabalhando em silêncio... o come quieto e, no silêncio da jornada, sendo ignorados em nossa existência diante de tantos movimentos impositivos à luz da mídia, nos contentando com a máxima de Descartes, "Penso, logo existo" ... como se a humanidade nos ouvisse por telepatia. Como se diz no mercado: "A propaganda é a alma do negócio", acho que estamos sumindo em nosso silêncio, enquanto outros estão se assumindo em seus movimentos. Claro, todos têm direito à luz do sol... mas só brilha quem se levanta. Por isso é louvável o seu questionamento. Sucesso meu amigo!
Grande abraço!
Penso, logo sinto! :)
ResponderExcluirCortez, sim, nos homens estamos muito focados nos pensamentos, na racionalidade.
ResponderExcluirTemos que transcender !
E como bem disse a Vanessa, temos que SENTIR !
Emoções, onde estão ???
Abraços, e grato pelos comentários !
Arnaldo
Parabéns!! Adorei o texto.... E nos mulheres modernas , como bem li, outro dia... Não temos medo de ficarmos sozinhas, temos medo sim, é de ficarmos mal acompanhadas!!.. Beijo grande .... Amei ter um amigo blogueiro...srsrrs
ResponderExcluirNina, querida !
ExcluirMuitos de nós homens -- como as mulheres faziam quase sempre no passado -- ainda preferimos ficar mal acompanhados do que sós. Ou levarmos uma vida de "solteiro eterno". O tema do blog é na linha de ajudar os homens a que despertem. Ficarem acompanhados, desde que BEM !
Grato pelo comentário ! Seja bem-vinda, e divulgue o blog se puder ! Bjs
Gostei Arnaldo.... acho que não conheço nenhum homem, que goste de se relacionar com mulher (por exemplo) que tenha se decidido por uma "terapia e autoconhecimento", se vc souber de um, me apresenta! rs.
ResponderExcluirTatiana, tem homens assim sim ! Não são muitos, conheço alguns, mas, como você sabe, estão fora do "circuito comercial da conquista"... abraços
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