terça-feira, 24 de setembro de 2013

Exemplo de relacionamento que se frustrou, apesar de tantas afinidades...

“Romain e Violaine. Conheceram-se na faculdade, fizeram os mesmos cursos, ganham salários equivalentes. Muita harmonia, gostos semelhantes, projetos bem desenhados, educados na mesma cultura e condição econômica por pais carinhosos e presentes. Casaram-se há 3 anos após vários anos de vida em comum e sexo amplamente satisfatório. Agora, procuram o terapeuta para os ajudarem a se divorciar. O que poderia ter acontecido, se perguntam... Violaine se entediou, ficou deprimida, a vida de casada não tinha empolgação, embora Romain fosse um marido “perfeito”,  com muitas qualidades e super atencioso. Faz as compras, lava a louça, encarrega-se da casa, evita aborrecimentos para Violaine, é companheiro em todas as situações. Ele não entende o que poderia estar acontecendo, o que teria feito de errado, de quem é a culpa...  Violaine arruma um amante e quer se separar !

Numa visão do declínio crescente dos valores viris nestes tempos conturbados, a história de Romain é simples e exemplar. Ele não desempenhou o papel de homem que ela esperava. A igualdade dos papéis, a partilha do poder, a confusão dos papéis sexuados aniquilaram o desejo deles. Se ele tivesse sido mais “machão”, na visão dela, teria lhe transmitido os valores ancestrais do masculino, a ação, a firmeza, a autoridade, a proteção. Esses valores ele não trouxe de seus pais nem da ancestralidade. Neste caso, como em muitos outros, parecia indispensável.”

(retirado do livro Homens no divã, de Serge Hefez, Ed. São Paulo, 2013)

Pode ser que  muitos de nós estejamos trilhando essa rota desgovernada...

Os motivos de sucesso de uma relação são muito complexos  e muitas vezes insconscientes,  como sabemos,  razão pela qual se torna cada vez mais um desafio construir um bom e duradouro relacionamento. Ou ficar sozinho, que também pode ser um caminho.

Mas que sejamos felizes !

Vamos discutir isso...

 

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