Serei rápido na resposta. Ambos!
Envelhecer pode ser muito bom. Ficar velho, sentir o tempo passando, acumulando
experiências, tudo!
Contrário senso, morrer jovem. Não!
Nem precisamos mascarar o vernáculo, utilizando outras
expressões como sênior, terceira idade, fase madura, melhor idade, etc. É ficar
velho mesmo, enrugado, dores aqui dores acolá, sendo chamado de vovô e outras
situações do gênero (que Deus nos livre, claro, de males como o Alzheimer e Parkinson...).
Não quero glamourizar a velhice nem desconsiderar o quão ruim é estar dependente dos outros, senil. Claro que não!
Não quero glamourizar a velhice nem desconsiderar o quão ruim é estar dependente dos outros, senil. Claro que não!
Mas entender que qualquer um, com um estoque de experiências bem absorvidas e processadas, pode ser mais feliz e agir como uma pessoa melhor, . Melhor no sentido verdadeiramente humano, o de
termos mais paz, compaixão, harmonia, compreensão,
amor. E sem perdermos o tesão pela vida (e pelo sexo, por que não?), o
deslumbramento pelo inusitado, o encantamento pelo mágico, a inocência. Entendendo
que os valores de juventude e beleza não são os fundamentais em nossas vidas. Aí
entra o Amadurecer!
Envelhecer e
amadurecer é lindo.
Claro,
podemos ser jovens, amadurecidos e viver poucos anos. Mas teríamos aproveitando pouco tempo (ainda que intensamente) desse
presente absolutamente grandioso e raro que recebemos das forças do Universo: a
vida.
Também podemos envelhecer sem amadurecer, o que seria
lamentável porque não teríamos aprendido com as experiências e transformado
nossas vidas positivamente. E olha que
existem, infelizmente, tantos velhos egoístas, calhordas, amargurados, “...esperando
a morte chegar...”, como dizia a canção profética de Raul Seixas. Em outras
palavras, teríamos desperdiçado esta “encadernação”.
Assim, sermos jovens e imaturos é um ótimo começo de vida.
No meu caso particular, confesso que quando tinha cerca de 25
anos eu era muito mais amargo, desesperançado, cansado e robotizado do que
hoje, 3 décadas depois. Posso dizer com orgulho que ganhei muita vida
nesse tempo.
E me considero jovem e imaturo (e, espero, sempre)!
Alguém poderia perguntar o que esse Post tem a ver com o blog
“Homens, vamos despertar”. Tudo, acredito. Porém, tentando ser mais específico,
diria que despertar a condição do masculino envolve também e maiormente estar
Desperto para o amadurecimento da vida como um todo, da condição de ser humano,
responsável, realista, amoroso e conectado com o nosso divino. Nessa questão
mais ampla, pela absoluta igualdade, que as mulheres possam também Despertar,
se integrando e apoiando os homens.
Como capítulo final nesta experiência na Terra, seria tão
bom se pudéssemos ter paz e aceitação na hora H da passagem.
Talvez nos sentindo como um menino teimoso e, ainda, com um certo
orgulho (de preferência, menos triste) como
expressado pelo poeta e sábio Mário Quintana no poema abaixo.
O velho do espelho
Por
acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus, Meu Deus...Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
"O que fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga...Que importa? Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!-
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste...
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto...é cada vez menos estranho...
Meu Deus, Meu Deus...Parece
Meu velho pai - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
"O que fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga...Que importa? Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!-
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste...
Mário Quintana
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