domingo, 18 de novembro de 2018
Cheguei agora do cemitério e ...
...fiquei muito tocado! Mais uma vez me vi refletindo sobre... a vida!
A transitoriedade da vida, para ser mais exato!
Um sopro, dizem alguns. Uma ilusão, asseguram outros. Já Gonzaguinha dizia sobre a vida : "é bonita, é bonita e é bonita".
Sim, mas quando olho o corpo sem vida de um amigo no caixão, como aconteceu há pouco, o assombro e a perplexidade colidem com a minha serenidade e confiança na imortalidade da alma.
E me recordo daquela sentença indigesta: "vivemos como se não fôssemos morrer nunca; morremos como se não tivéssemos vivido".
Não, isso não pode ser; me recuso! Vou tentar fazer diferente! Mas como?
As receitas são várias e inesgotáveis, mas penso que passam por dois pontos básicos para que não nos sintamos em débito na derradeira hora:
- estarmos no aqui e agora, com plenitude, e
- resolvermos antes as nossas "pendências" emocionais, materiais, etc.
O primeiro ponto, embora de execução muito difícil, não vou me estender por ser algo tão óbvio e explorado, haja vista o volume de informação, livros, cursos, terapias, etc.
O segundo ponto, das pendências, sim, vale uma boa reflexão.
Começando por imaginar se um dia recebêssemos um diagnóstico assustador do nosso médico: " você terá no máximo 30 dias de vida".
No meu caso, depois do susto, da negação, do possível desespero e prostração, o que eu faria?
Tomar todas, fazer o que sempre tive vontade e me boicotei, aventuras, prazeres? Acho que não!
Penso que trataria de seguir o belo conselho de Elisabeth Kubler-Ross (*) no sentido de aliviar o meu coração perdoando a mim mesmo e aos poucos desafetos, aceitar a realidade de minha condição humana, ressignificar episódios e dores do passado e, finalmente, buscar estabelecer uma ponte transcendente e espiritual para uma passagem mais serena.
Tremendo desafio!
Oxalá a centelha do divino que carrego comigo ilumine o meu caminho para reduzir as minhas grandes pendências numa situação assim, caso ocorra!
Até lá, espero que a minha cota de vida útil seja bem maior que apenas 30 dias.
Já pensou como seria se acontecesse exatamente com você um fatídico diagnóstico desse, de breve sobrevida...?
(*) psiquiatra suiça autora de vários livros e pioneira no tratamento de pacientes em estado terminal.
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