Só Jesus salva, diriam alguns!
Outros mais céticos responderiam: "ninguém".
No meio do caminho e de forma mais direta: "nós mesmos".
Fico com esta resposta!
Entenda bem, salvação como sinônimo de viver com mais consciência e plenitude e não exatamente o resultado de uma vida sem dores nem problemas.
Com esse propósito, duas perguntas salvadoras poderiam nos auxiliar nas situações mais corriqueiras da vida bem como nas vezes que as dificuldades e crises aparecerem.
São elas (1) quais as minhas reais intenções nessa questão; e (2) o que aprendi com isso?
No caso (1) é fundamental saber se as minhas ações e pensamentos estão ou não a serviço do meu ego. A serviço do ego vêm acoplados orgulho, vaidade, obstinação, medo, etc.
Exemplos existem às pencas:
- o sorriso no meu rosto é para manipular alguém ou para manifestar uma alegria genuína?;
- aquela mega casa que estou construindo é para ostentar sucesso pessoal ou para dar mais conforto e segurança para a minha família?;
- estou sendo solidário com alguém que mal conheço apenas para depois ser beneficiado com um belo emprego ou porque sou de fato altruísta?; e
- uma "self" em Paris que coloquei no Instagram foi para provocar inveja na antiga namorada ou para dar notícias aos amigos e familiares de minha viagem?
A resposta a essas perguntas dará a medida do tamanho do meu ego ou, em outras palavras, se estou querendo tirar alguma vantagem ou provocar admiração e aprovação. Ponto negativo para mim, nesta hipótese!
Já a resposta à pergunta (2), que trata da aprendizagem em cada situação da vida, nos dirá se estamos ou não aprendendo pedagogicamente com os dissabores da vida.
Não é nenhuma novidade que cada tropeço, frustração ou tristeza que passamos são oportunidades que a vida nos oferece para nos trazer mais humanidade e maturidade.
Exemplos também não faltam:
- um relacionamento tóxico pode nos alertar para não repetir o mesmo padrão no futuro;
- comprar o último modelo do celular e estourar o orçamento poderá nos obrigar a readequar os gastos mensais;
- entrar numa discussão ideológica com fanáticos nos levará a repensar como estamos desperdiçando nossas energias; e
- insistir em mudar as atitudes alheias poderá nos fazer chegar à conclusão inevitável de que "ninguém muda ninguém".
Mesmo que não nos salvemos exatamente (tarefa um tanto mais ambiciosa), se formos honestos com essas duas questões seguramente viveremos mais na verdade e inteireza.
E são apenas duas singelas perguntas para gerar reflexão.
Experimente se testar !
Boa, Arnaldo. Acredito que questões (provocações) assim, para a autorreflexão existencial e aplicação cotidiana, são mesmo de grande valia. Logo, oportunas!!!
ResponderExcluirBastante interessante!
ResponderExcluir