Não me espanta que o bloco
carnavalesco que mais cresceu em Brasília em 2014 foi o Babydoll de Nylon!
Tem um monte de marmanjo
fantasiado de mulher usando calcinha, sutiã e outros apetrechos femininos! É
carnaval, claro, podemos liberar a alegria e a descontração! “Tudo vale a pena
quando a alma não é pequena”.
Mas não precisamos ser
psicanalistas para saber que em muitos casos têm também um forte inconsciente
operando quando um homem se traveste de mulher. Desejo reprimido talvez.
E coerente com esse quadro, dois
dias atrás (2 de março) deu no Correio Braziliense: “Homem vira mulher e mulher vira homem”.
Não é filme de ficção, fantasia
de carnaval ou magia negra. É apenas a crescente alteração nos papéis masculino e feminino com a massiva
entrada da mulher no mercado de trabalho (as mulheres vem desempenhando funções até então exclusivamente masculinas).
Isso era inevitável e teria que acontecer em algum momento. Mas,
peraí... vamos com calma!
Além da saudável divisão do
trabalho e da redefinição dos papéis masculino e feminino, nesse novo mundo
onde ficariam o Yin e Yang, os princípios do equilíbrio feminino e masculino, o
ativo e o passivo, duas forças fundamentais opostas e complementares?
Bobagens? Vejamos. Você certamente conhece muitos homens que: 1) se apequenam
emocionalmente frente à esposa que os humilham em frente aos amigos, 2) passam
o tempo todo na academia se admirando ao puxar ferros, 3) posam de machões mas sempre
dizem sim para a namorada nos seus caprichos infantis, 4) ficam tomando conta
dos filhos pequenos enquanto a esposa viaja com as amigas para pular o carnaval
no Rio? E por aí vai...
Onde está o equilíbrio? Já vejo muito homem pedindo pelo-amor-de-Deus igualdade com as mulheres porque elas estão
independentes demais, soberbas e nos superando em muitos aspectos. Até no MMA
elas estão...
Essa fase de transição está
complicada!
Vou bater na mesma tecla. Não
importa a orientação sexual assumida, homo ou heterosexual, as forças da natureza
humana e sua psique ainda exigem a dualidade, os princípios ativo e passivo, o
Yin e o Yang.
E viva o carnaval!
Concordo plenamente com a sua linha de pensamento, meu caro Arnaldo, que está em plena sintonia com a essência da natureza humana. Há mesmo necessidade de séria reflexão sobre esses novos e intensos papéis ocupados pelas mulheres. Bem a propósito, recomendo a leitura de corajosa entrevista concedida à Revista Veja desta semana pela escritora americana Camille Paglia, nas páginas amarelas (edição 2363, de 5 de março de 2014), com o título "Nós sufocamos os homens".
ResponderExcluirAbraço,
Dattoli
Sim, Dattoli, precisamos nos posicionar frente a esse novo mundo. Sem resvalarmos para uma volta injustificada à antiga dominação nem assumirmos uma mera troca de papéis com o feminino.
ExcluirVou conferir a entrevista na Veja. Grato pela dica.
abraços
Arnaldo