quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O que eu NÃO quero fazer no ano que vem


Todo final de ano é a mesma coisa. Planos e desejos para fazer no ano novo. Acho ótimo isso, mas vou inovar desta vez.

Vou me concentrar naquilo que não gostaria de fazer. Quem sabe dá mais resultados.

Pois bem, a lista negativa é muito grande mas vou resumi-la bastante, suprimindo coisas óbvias como não assaltar bancos, não cometer suicídio, não fazer nenhuma bobagem com o cartão de crédito e não me candidatar a um cargo político. Posto isso, declaro que no ano que vem eu NÃO quero:

- dar conselhos pra ninguém, salvo se muito solicitado;

- um dia me imaginar "o rei da cocada preta" e no outro oscilar para a crença inabalável de que sou "o cocô do cavalo do bandido";

- perder o meu tempo precioso com coisas fúteis e superficiais, como programas de TV nada edificantes e filmes vazios de conteúdo e estética;

- mentir ou compactuar com mentiras por mais sutis que sejam, que enganam os outros mas não a mim mesmo,  me tirando o sono à noite;

- fazer caras e bocas pra agradar fulano ou ciclano por conveniência e desagradando o cara mais importante da minha vida: EU;

- tentar convencer gente teimosa e alienada que insiste em não admitir o óbvio ululante,  por exemplo de que a verdade de ontem pode não ser a de hoje ou de que o atual (des) governo está fazendo o Brasil andar pra trás;

- ficar planejando demais o futuro, o que equivale a colocar uma placa de contramão no fluxo da chamada sabedoria da incerteza;

- lamentar o passado que deixou marcas mas que provavelmente compensou em aprendizagens;

- me paralisar de medo de novos desafios, medo da solidão ou do envelhecimento; e

- idealizar a vida buscando só o lado prazeroso e não aceitando as dualidades, 50/50.

Bem, que chegue o ano novo e Deus permita que depois do segundo brinde de espumante eu, hic...hic... não me esqueça de tudo isso e volte ao velho padrão, já pensando em assistir a próxima corrida de Fórmula 1 ou me torturando com coisas imaginárias...

Se isso acontecer, pelo menos eu terei um outro ano novo pra tentar mudar.

Se sobreviver às minhas frustrações, claro!

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