quinta-feira, 6 de julho de 2017

Relacionamentos amorosos em rápidas pinceladas (1 de 5)



Compartilho a seguir em cinco rápidas “pinceladas” algumas ideias sobre esse tema delicioso e espinhoso, sem nenhuma pretensão de ser original.

Não são propriamente pílulas, no máximo um aperitivo para mais reflexões.

Primeiro de tudo, não tem receita de bolo para bons relacionamentos. A experiência pessoal vale mais do que qualquer teoria.

Mas uma regra que parece sempre funcionar é a de que precisamos estar dispostos a nos transformar com as experiências. Boas ou ruins!

A questão central é: dificilmente conseguiremos nos relacionar bem com os outros sem primeiramente aprendermos a nos relacionar bem conosco mesmo.

Essa é uma bela chave mestra!

Esperamos receber dos outros o que não damos a nós mesmos: aceitação, compreensão, respeito, atenção e, especialmente, amor.

Ninguém vai nos respeitar se não nos respeitarmos, ninguém vai nos valorizar se nós próprios não nos valorizarmos, ninguém vai nos amar se não nos amarmos.

Simples assim!

Reflita! Você gostaria de ficar na companhia de uma pessoa que traz dentro de si sentimentos de autopiedade, de falta de respeito e de amor por si mesmo? Provavelmente não!

Isso não quer dizer porém que devemos fazer um longo aprendizado pessoal para só depois ficarmos “prontos” para relacionamentos. Se assim fosse, quase a totalidade das pessoas estaria ainda sozinha. Os relacionamentos, como a nossa própria vida, são parte de um processo de evolução, e acontecem no fluxo contínuo da existência. São construídos.

Deepak Chopra diz que “todo relacionamento tem um significado oculto, que está a serviço de nossa evolução”. E esse significado é espiritual.

Faz sentido para você?

Mas na área amorosa muitas pessoas estão se sentindo frustradas, magoadas e com sensação de perda de tempo e energia, daí resultando tristeza, solidão e descrença. Pensam: “não quero mais amar ninguém nem me entregar a um relacionamento. Chega!”.

Isso acontece por uma gama de motivos, que passam pela superficialidade das relações e o individualismo exacerbado. O padrão tradicional de amor e sexo baseado na idealização do outro não dá mais respostas satisfatórias. Pior, não existe consenso sobre os novos caminhos.

Um bom começo para essa reflexão é buscar uma sintonia fina entre os verbos “desejar” e “precisar”. Desejar um relacionamento está mais próximo de querer algo para si, almejar. E precisar de um relacionamento soa mais como necessitar, carecer. 

As relações que se estabelecem porque as pessoas desejam ter uma boa relação parecem funcionar bem melhor do que aquelas que a relação acontece porque as pessoas estão carentes e precisam de alguém ao seu lado.

Quem está se afogando tem grandes chances de encontrar outro náufrago...

O amor seria como uma borboleta. Quanto mais corrermos atrás dela, mais ela se afasta. Se ficarmos tranquilos elas podem se aproximar!

É claro também que nem todo mundo precisa ter um relacionamento amoroso nos moldes tradicionais, ou mesmo de ter um relacionamento amoroso como condição de ser feliz.
Existem múltiplas e variadas formas de construirmos o nosso caminho e viver só pode ser uma boa opção para quem se entrega com plenitude em outras áreas da vida (trabalho, lazer, espiritualidade, projetos sociais) e tem relacionamentos saudáveis com a família, amigos, etc.

E qual é a sua (a nossa) situação?

Correndo atrás de borboletas?

(em alguns dias, nova "pincelada")

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