quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Ai como dói !

"Ai como dói", brincava o Mamonas Assassinas!

No meu caso, vale um pedido de socorro: estou precisando de uma cama de espuma para  aliviar minhas dores no traseiro. Andar de bike por 5 horas sentado num banco duro deixou também dores nas costas e a sensação de ter feito uma estupidez.

Bem feito por me aventurar num ride sem equipamento adequado nem treinamento prévio!

Claro, eu queria acompanhar a turma que pedala junto há muito tempo e tentar não "fazer feio". Insisti em ir até o fim,  mesmo com sinais claros de que estava passando dos meus limites.

Restará a aprendizagem. Para isso  terei que reconhecer o quanto  tive de imprevidência, teimosia e orgulho.

Esses pecados eu cometo em outras áreas da minha vida. Será que você não faz o mesmo?

Imprevidência em teclar no celular enquanto dirijo no trânsito. Imprevidência em ingerir alimentos e bebidas que sei não serem exatamente saudáveis.

Teimosia em não voltar atrás em algo que sei que não vai dar em nada, como o recurso pra não ser multado pelo Detran por transitar em velocidade superior à permitida.

Orgulho em não revelar pro chefe que desconheço um procedimento óbvio de minha gerência.

Imprevidência, teimosia, orgulho e tantas outras bobagens que fazemos e que em algum momento podem nos fazer muito mal,  provocando dores físicas ou emocionais.

É de se perguntar se não teria outro jeito de evoluirmos como seres humanos.

Já ouvi dizer que a alternativa seria o amor. Mas penso que não seja uma alternativa, e sim um complemento necessário.

Amor e dor caminham em parceria.

Vejamos: as dores só podem nos trazer aprendizagem caso tenhamos humildade e a necessária aceitação (de nossa condição de aprendizes). Um atributo do amor.

E o amor só pode nos fazer evoluir caso tenha referências e faça a integração de prazer x dor, alegria x tristeza, saúde x doença. E essas dualidades só fazem sentido se em algum momento tiver havido experienciação, não teoria.

Jesus Cristo sentiu as dores da calúnia e traição, e é o nosso maior exemplo de amorosidade. Buda se iluminou após concluir da inutilidade do jejum e do martírio extremos. Dores e sofrimentos também passaram  Ghandi, Nelson Mandela e Martin Luther  King Jr.

Por que estou dizendo tudo isso?

Apenas pra afirmar que para evoluirmos como seres humanos temos que necessariamente pagar o preço. Nesse sentido, as adversidades são até necessárias e, em certo sentido, o mal é bem.

Portanto, da próxima vez que eu andar de bike colocarei um selim confortável e farei um trecho compatível com a minha condição física.

Espero não repetir o "ai como dói" do Mamonas...

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