Homens, estamos sendo substituídos pelos vibradores?

Depende.

Sim e Não!

Não é novidade pra ninguém, as mulheres ganharam as ruas, o sustento, a independência financeira e a liberdade! Fazem e acontecem, dão as cartas.

Esse movimento, sabemos, é uma saudável resposta à milenar opressão do masculino. As mulheres, em sua maioria, não mais buscam um provedor nem relações de complementaridade. As afinidades falam mais alto.

O sexo passou a ser gostosamente usufruído como fonte natural de prazer. Já vai longe o período em que o sexo era apenas mecanismo básico de reprodução, além de manutenção do status patriarcal.

Com todas as modernidades e a variedades dos brinquedinhos sexuais, o prazer solitário ganhou ampla permissão e hoje muitas mulheres gozam e saboreiam o próprio corpo sem nenhuma culpa, até mais prazerosamente do que com homens. Muitas tendo orgamos outrora inimagináveis. Outras, pela primeira vez na vida após uma convivência conjugal longa e frustrante.

Homens, para quê? Os sex shops são mais interessantes e estão sendo mais visitados que as quitandas das esquinas...

No carnaval contemporâneo o bloco das adoradoras de vibradores seria campeã nas avenidas e nos recantos íntimos das mulheres.

Mas e a energia masculina, como fica? Está sendo mesmo substituída pelos vibradores? O yang próprio das mulheres, naquela área interna que integra as forças masculinas e femininas, vem dispensando os homens sem maiores formalidades mas... um potencial sentimento de vazio inevitavelmente tende a se instalar, mais cedo ou mais tarde.

O vazio que decorre da falta de um compartilhamento gostoso, do crescimento mútuo e da evolução natural da consciência. Nenhum avanço pleno se faz sem um verdadeiro encontro. A dois!

E não apenas na dimensão sexual. É mais profundo!

Pode parecer óbvio e piegas, mas ademais da carne existe toda a nossa humanidade, que inclui o espírito. E este não se deixa iludir.

Retornem os encontros! E que os homens também façam o seu dever de casa e assumam a igualdade da mulher com respeito e sem os ranços do machismo ultrapassado.

Viva os vibradores!

Pode até conviver os três na cama!